Páginas

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

O que é ser Jornalista

Redação que fiz quando estava ainda no 4º período da facul.

Redação Jornalística II – 4º C

Resenha do livro “O que é ser Jornalista”


Paixão insaciável pelo jornalismo

Em uma história surpreendente, cheia de emoções e relatos da vida, o autor escreve na primeira pessoa simples palavras que deixam o seu texto leve e temperado, gostoso de ler. Fatos dramáticos e engraçados de momentos ricos da recente vida política e social do país, acompanhados de perto por um dos maiores jornalistas políticos da atualidade, Ricardo Noblat.

Casos da sua tumultuada e rica carreira estão no seu livro O que é ser Jornalista, da Editora Record. Uma jóia rara, não somente para estudantes e profissionais do jornalismo, mas também para o público em geral, que vão sentir o imenso prazer que ele teve, e ainda tem, nesta profissão.

Em Recife, cidade em que nasceu, Noblat foi repórter assistente da sucursal do Jornal do Brasil (JB), onde aprendeu a ser repórter com apenas 18 anos. Dois anos depois, acumulou as funções de repórter com as de editor do Jornal do Commercio.

Em 1972, assumiu a chefia de redação da sucursal da revista Manchete, de Adolfo Bloch, onde aprendeu a escrever de um certo jeito. Em 1978, tornou-se repórter da Veja e foi transferido para Salvador após um ano. Mudou-se para São Paulo e tornou-se editor assistente de política da revista Veja. Depois assumiu a chefia da redação do JB em Brasília e assinou a coluna “Coisas da Política”.

Entre 1990 e 1992 fez marketing político na agência de publicidade brasileira Propeg e participou da primeira e única campanha eleitoral da história da Angola, onde trabalhou três anos e viveu em meio a uma das mais sangrentas guerras civis da história do continente africano.

O autor começa e termina o livro contando sua experiência mais marcante à frente de um jornal diário, o Correio Braziliense, que dirigiu entre 1994 e 2002, e que de chapa branca transformou-se em um periódico moderno e premiado. Seus oito anos de direção no Correio coincidiram com os oito anos de governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.

No Correio, viveu um ruidoso embate com Joaquim Roriz, candidato à reeleição ao governo do Distrito Federal, onde sofreu perseguições e agressões que atingiram sua família e seu emprego.

Dirigiu a redação do jornal A tarde, de Salvador, entre 2002 e 2003. Logo após foi colunista político de O Dia e, a partir de 2004, virou blogueiro.

Em seu livro, Noblat dá diversas e importantes dicas para seus leitores. Em um trecho afirma: “o jornalismo deve ser exercido em tempo integral. Isso quer dizer: do momento em que acorda até o momento em que vai dormir”. Ter precisão, clareza e honestidade é fundamental na profissão.

O dia-a-dia de uma Redação, a impertinência da busca por notícias “quentes” e de relevância para a sociedade, a responsabilidade do jornalista em fornecer informações completas, a ousadia de fazer mudanças necessárias para o melhoramento dos meios de comunicação são aprendizados significativos.

Na sucursal em Recife, no sul do Pará, em Piracicaba, com diversos políticos como Fernando Henrique Cardoso, Fidel Castro e Lula, recebendo prêmios e lançando livros são algumas de suas inúmeras fotos inclusas no livro.

O que é ser Jornalista ensina uma das maiores virtudes do jornalista – o texto dinâmico e enxuto. Indicando influências que o ajudaram a escolher e a moldar a profissão: do cordel declamado em praça pública à poesia moderna; o new journalism de Truman Capote, o realismo mágico latino-americano.

Com a experiência de quem cobriu, entre tantos outros marcos históricos, a eleição, agonia e morte do ex-presidente Tancredo Neves, o surgimento e a derrocada de Fernando Collor de Mello e a ascensão do primeiro líder de esquerda do país, Luiz Inácio Lula da Silva, o livro pode ser considerado um verdadeiro “Manual de Redação”.

Ricardo Noblat se formou em jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco. Hoje, com 40 anos de profissão mantém o mesmo entusiasmo em seu blog, um dos mais visitados no Brasil, entre reportagens, entrevistas, artigos e imagens. O endereço é: www.noblat.com.br.

Autor de Céu de favoritos, A arte de fazer um jornal diário e co-autor de O complô que elegeu Tancredo, Noblat ainda acha que escrever é um “martírio”.

NOBLAT, Ricardo. O que é ser Jornalista: Memórias profissionais de Ricardo Noblat. 2. ed. Rio de Janeiro: Record, 2005. 270 p. R$ 25,90.

Um comentário:

Unknown disse...

muito bom esse livro contém histórias surpreendente da vida profissional do jornalista Ricardo Noblat , são historias fantásticas para quem deseja seguir a carreira de jornalista é um bom incentivo..

Parabéns pela resenha ficou muito boa.