Páginas

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Mais um texto...

AMOR... ÓDIO... AMOR

Dizem que o ódio é o sentimento mais próximo do amor que existe, pois só somos capazes de odiar a quem um dia muito amamos, sendo portanto bem tênue a linha que separa esses dois sentimentos tão conflitantes.

Não deixa de haver uma certa lógica nisso, pois se a pessoa a quem amamos, a quem entregamos nossos melhores sentimentos comete uma traição grave, uma agressão... enfim, algo que, mais do que ferir nosso físico, fira nossa dignidade, forçosamente estará matando o amor que um dia sentimos. E possivelmente, transformando o amor em ódio.

Dizem, e eu endosso, que nunca se deixa de amar a quem já se amou. O amor quando se instala, cria raízes e permanece. Quando alguém diz que "deixou de amar" a alguém, é porque na verdade nunca amou de fato. Sentiu algo parecido com amor. Pode até ter confundido os sentimentos. Mas amar, mesmo, não amou.

Mesmo quando passamos a odiar alguém devido alguma vilania cometida, não deixamos de amar... simplesmente transformamos o amor em ódio. Daí dizer-se com propriedade que os dois sentimentos andam lado a lado. Geralmente essa mudança é definitiva. Não seremos mais capazes de amar alguém que conseguiu matar o sentíamos antes.

Pode-se até voltar a viver juntos... mas aquele amor ficou perdido em algum lugar do passado. O ódio surgido fez com que o amor se perdesse.

Por isso, temos que sempre analisar bem os fatos, antes de tomar atitudes irremediáveis.

A propósito, meu querido L'Inconnu nos propicia esta "pérola". Vejam que belo pensamento:

Quando tiver de escolher entre o amor e o ódio, ame com toda a força do coração e quando tiver de odiar, simplesmente não o faça.

O amor é o sentimento que traz VIDA para a vida. Sempre está por aí. Quando o encontramos, temos que saber mantê-lo. É necessário que saibamos que atitudes tomar, para não deixar que a "tênue linha" seja rompida. Temos sempre que regar o jardim, para que as flores não sequem.

Uma coisa que, se não mata, pelo menos arrefece bastante o amor, é a indiferença com que muitas pessoas passam a tratar os parceiros, principalmente após muitos anos de convivência. Essa indiferença por vezes faz com que um dos parceiros comece a sentir raiva pelo tratamento que recebe, após tantos anos de vida em comum. Há que se prestar atenção nesse detalhe, e, notando que as coisas começam a se deteriorar, há que se voltar a atenção à parceria, não permitindo que a união se esboroe.

E, se notar que está começando a ficar com raiva de seu parceiro, não deixe que isto se transforme em ódio, levando a tomar atitudes radicais.

É chegada a hora do famoso diálogo... aquela conversa esclarecedora, onde as queixas podem e devem ser apresentadas. Isso poderá evitar muitas coisas desagradáveis.

Muitas vezes o que julgamos ser um enorme "cavalo de batalha", não passa de um lindo pônei brincalhão. E as coisas se acertam.

Por mais raiva que se sinta... procure controlar os "instintos homicidas" não deixe que a raiva se transforme em ódio. A raiva é passageira... como a paixão.

O ódio, pelo contrário, é duradouro, forte, como o amor.

Mais uma vez, chego à conclusão de que L'Inconnu é um gênio. Indiscutivelmente, é muito melhor e mais gostoso Amar do que Odiar... O amor nos deixa felizes, alegres, de bem com a vida... O ódio, nos deixa amargos, tristes, de mal com a vida...

Então crianças... procuramos sempre manter aquele sentimento bom dentro de nós.

Odiar... prá que? Por que? Ficar com aquele sentimento de vingança martelando na cabeça? Pra que? Se não foi possível viver juntos... que tudo termine em paz... ou na pior das hipóteses com o mui adequado "deixa prá lá".

Fonte:

Marcial Armando Salaverry

http://www.prosaepoesia.com.br

O amor e o ódio

Tudo que eu queria escrever, encontrei neste artigo. Como não sou psicóloga e muito menos entendida neste assunto de relacionamentos, copiei e colei aqui. Um assunto interessante... será que o amor pode se transformar em ódio? Sentimentos tão opostos e tão fortes que podem estar mais próximos do que vc imagina. Leia e confira...


Relacionamentos: Quando o amor se transforma em ódio

Dizem que amor e ódio andam de mãos dadas. Mas, será que é realmente possível transformar o amor em ódio? Se você respondeu sim é hora de rever seus conceitos.

Por expressar uma variedade de formas de afeto que diferem em nível e intensidade, este sentimento costuma receber milhares de rótulos: amizade, carinho, ternura, companheirismo, entre outros.

Porém, na realidade, o que costumamos constatar é que nem sempre a expressão do amor dá-se por vias saudáveis. Um exemplo disto pode ser visto em certos tipos de relações conjugais, onde encontramos o exercício da "posse" mascarada sob a roupagem do "amor". Aqui, diante das dificuldades de convivência, os cônjuges comportam-se como verdadeiros inimigos transformando suas juras de amor em desavenças dentro do próprio lar ou, em casos extremos, em incansáveis disputas judiciais.

Mas, será que isto realmente pode ocorrer? Podemos transformar o amor em vingança?

Diz-se que, enquanto no amor temos a expressão do afeto em sua forma positiva, no ódio encontramos o total desapreço por aquele que se tornou alvo da nossa ira.

Desta forma, quando alguém nos diz que hoje odeia aquele que um dia jurou amar, podemos afirmar com certeza, que o que ele sentia por esta pessoa era tudo, menos amor. Isto porque o amor é um sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem. Aqui o meu foco está voltado para o exterior, para o lado altruísta da relação e baseado na vontade que tenho de cuidar dos desejos e interesse alheio.

Como o amor não cobra, não exige, simplesmente flui incondicionalmente, a pessoa que ama verdadeiramente espera que o outro seja feliz, que tenha experiências que lhe propiciem o crescimento, mesmo que isto signifique abrir mão do desejo de estar em companhia do amado. Para estes indivíduos, a própria felicidade encontra-se atrelada ao bem-estar daqueles que eles escolheram ser o objeto de seu apreço, pois eles bem sabem que é impossível separarmos aquilo que nunca esteve unido de fato e que o amor pode se expressar de outras formas aquém da união física.

Certamente, aqui não quero dizer que não podemos ficar com raiva ou nos sentirmos magoados quando alguém, que julgamos amar, opta por outro caminho. Porém, se me decepcionei com esta pessoa é por que talvez eu tenha acreditado nela e não em sua essência.

Lembre-se que o tempo é um grande sábio e, como dizem, o melhor remédio para curar nossas feridas e enxergarmos com clareza a realidade que existia e não aquilo que havíamos criado frente as nossas carências internas.

Quando o amor se faz presente em nossos corações, conseguimos nos perdoar e aos outros também, entendendo que as pessoas passam por nossas vidas, para que possamos vivenciar lições úteis ao desenvolvimento de ambos.

Aprendamos, pois, a transformar a posse em amor, a olhar o que de positivo restou, pois sabemos que o que fica de uma relação é o que de verdadeiro existia nela: carinho, amizade, respeito ou, simplesmente compaixão pelo outro.

Mas, se o amor é isto como o ódio surge?

Para responder a esta pergunta, vamos primeiramente tentar entender o que significa odiar. Podemos descrever o ódio como uma paixão que nos impele a causar ou desejar mal a alguém. Ora, se ódio é paixão e esta um sentimento intenso que sobrepõe nossa lucidez e razão, o que encontraremos aqui é o apego, ou seja, o lado egoísta da relação. Neste caso, preocupamo-nos muito mais com a satisfação de nossos desejos pessoais, com nossas carências, com o controle do relacionamento afetivo, do que com a nossa capacidade de expressar o amor de forma incondicional.

Várias pessoas costumam acreditar que amam realmente alguém até surgir um obstáculo na relação. Quando o outro, por ação ou omissão, deixa de satisfazer seus desejos, muda seu padrão de comportamento, faz uma nova escolha, ou seja, começa a se afastar daquele modelo por elas idealizado, o sentimento de intensa frustração instala-se, levando-as a se fixarem no desejo de destruição daquele que julgam ser o grande culpado pela intensa dor emocional que atravessam.

Isto acontece porque costumamos entrar nas relações imaginando que o outro nos completará, satisfazendo nossos desejos e idealizações. Esquecemos, porém, que não podemos completar aquilo que só a nós compete: o preenchimento de nosso vazio interno. Que a relação envolve sentimentos de compreensão, companheirismo, troca, o saber ceder ou esperar. E, o mais importante, de que as pessoas não são nossos ativos, mas sim nós é que pertencemos ao mundo, tendo liberdade de vivências e escolhas, sejam estas agradáveis ou não para nós ou para o outro.

Sempre digo que, relação é conhecimento, é crescimento e que este pode se dar de inúmeras formas. Muitas vezes, quando nos relacionamos com alguém, costumamos ativar dinâmicas psíquicas não bem resolvidas em ambos, as quais resultam numa interação patológica. Isto pode ser facilmente observado nas situações onde a perfeição do outro se torna condição sinequanon. Nestes casos, quando nossas expectativas não são correspondidas, acabamos por gerar sentimentos de hostilidade que se transformam num jogo de culpas, cobranças e no aniquilamento das pessoas envolvidas.

Esquecemo-nos, porém, que enquanto nos "pré-ocupamos" em nos punir ou levar o outro à tortura, deixamos de viver novas experiências, de fazer novas escolhas, de aprender com o suposto erro, de nos respeitarmos enquanto seres merecedores de amor e compreensão e de encontrar o nosso verdadeiro caminho.

Cumpre-nos lembrar aqui também, que a dinâmica amor e ódio pode ser encontrada naqueles indivíduos que cultivam sentimentos de ciúmes. Isto porque o ciumento não consegue desenvolver o amor autêntico por confundir todas as relações com uma necessidade narcísica. Em outras palavras, estas pessoas não conseguem amar, mas sim precisam de um sentimento que são amadas, o que justifica que suas perdas sejam revestidas de uma posterior substituição. É diante da ameaça da perda que elas transformam sua paixão em ódio, sentimento este que reflete a baixa auto-estima e insegurança que as assolam.

Finalizando, lembre-se de que um verdadeiro encontro de almas só ocorre quando existe o real desapego e isto só é possível quando aprendemos primeiramente a nos amar, a nos respeitar e a nos valorizar, através do nosso autoconhecimento, ou seja, do contato com a nossa essência.

Em matéria de amor é importante ressaltar que as pessoas ficam juntas, não por necessitarem umas das outras, mas sim pela satisfação que sentem em compartilhar um mesmo sentimento, um mesmo ideal.

O amor não precisa de condições, ele basta por si só. Sendo assim, se apenas podemos refletir no mundo aquilo que temos dentro de nossa alma, que este algo seja o exercício do AMOR INCONDICIONAL, pois através dele o ódio nunca encontrará espaço para se manifestar.

Fonte:

http://www.mgriesi.com.br/ psicóloga: Mônica Griesi Cintra